Criação e Queda

Anos lunares, meses lunares,
Dias lunares, noites solares.
Dois luzeiros, números pares.
Em seguida vieram os mares.
Pares, homem e mulher, lares,
De dia almoço, à noite jantares.
Mas o homem quis outros ares:
Provar dos seculares manjares.
Manjares podres. Podres sabores.
Ver outras cores. Incolores.
Amar outros amores
Que amavam suas dores.
E negou amores indolores.
Preferiu ver outras flores.
Podres. Incolores. Sem odores.
Trocou a Verdade por rumores.

O Roots da África Liberta

Quando as gotas de chuva caem do firmamento
Sobre o meu povo cativo, faminto e sedento,
A água viva escorrendo pelos meus dreads,
Meu povo clama por libertação e Tu cedes.

Estraçalhas cadeias, algemas e a Corrente,
Meu povo oprimido fica liberto e contente,
Torna-se templo Teu, recebe a Revolução
Recebe novo espírito, novo coração.

Guerreiam com suas armas espirituais,
Intimamente se aproximam sem rituais
Do seu criador. Ignoram qualquer cerimônia
E farão com que se desmorone a Babilônia.

De simples servo, do Criador tornou-se filho,
Meu povo cantava do louvor um estribilho:

"Do negro ou do branco na pele vê-se o brilho
De quem fez Revolução sem dedo no gatilho.
Graças a Deus que manda a chuva e sopra o vento
E sacia com Sua Presença seu povo sedento!"

Ao Criador que à natureza está atento
Ao grande Onipresente que nos deu Seu alento.

Poesia: Espírito Santo (toda glória a Ele) - Rio de Janeiro, 14/01/08
Instrumento: R. R. Rodrigues
PS: Isto não é uma poesia, mas uma música esperando ser musicada pelo Ponto de Equilíbrio

Olha Pra Mim

Desenho: Amanda Doria - http://anjosdecarasuja.blogspot.com/

Eu me humilharei
Teu nome gritarei
Como criança eu serei
Mas olha pra mim
Tuas vestes tocarei
Na figueira subirei
Aos teus pés eu chorarei
Mas Olha Pra Mim (bis)

Olha pra mim Senhor (3x)
Pois eu preciso do teu olhar

Eu Farei o que for preciso,
Para te ver
Pois não posso deixar que sigas,
Sem me perceber
Não importa a multidão
Só eu sei do que eu preciso
E eu preciso
Do teu olhar (bis)

Autor: Luiz Arcanjo e Davi Sacer

Eu Tenho Problemas Psicológicos

Queria repetir o título sem parecer literário
Se repito no início parece uma retomada ao título
Se repito no meio parece que o título é uma extração enfática de um verso (nada disso dá na faculdade, são conclusões minhas)
Se repito no fim parece que é um desfecho cíclico ou a revelação do revelado
Queria apertar o enter sem parecer literário
Se aperto parece versificação
Queria começar os inexistentes versos de forma semelhante sem parecer literário
Se começo parece uma anáfora
Queria apertar o enter duas vezes sem parecer literário
Se aperto parece uma estrofe

Não é negativo o fato de não falar com as pessoas
Às vezes precisamos dar um tempo (em qualquer relacionamento)
E tudo fica bem novamente
Só quero quando vou dar o tão esperado tempo de Myself
Myself naõ gosta de pessoas, não é sociável e briga com todo mundo
É tudo culpa dos veteranos!
Mas um dia Myself se joga do décimo segundo andar da UERJ
Ou recebo logo um corpo em glória
Porque... não sou assim
Eu! sento no DALB e converso com os desconhecidos da noite
Eu! não faço acepção de pessoas
Eu! evangelizo
Espero que a Amanda esteja satisfeita
Eu tenho problemas psicológicos
Ai, a revelação do revelado
Que se tornou o verso enfatizado no título

Ps: Eu não escrevo mal por estética
Mas por comodismo
Ser capaz é incômodo